quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Na contramão da história


Enquanto o Mundo discute sustentabilidade, ecologia, aquecimento global e o protocolo de Quioto, fui surpreendido no caminho do trabalho com a grotesca cena estrelada por funcionários de alguma empresa terceirizada promovendo o corte de diversas árvores na esquina da Cel. Procópio Gomes de Oliveira, defronte ao Banco do Brasil.

O calor escaldante que reina nesta terra é amenizado pela sombra destas nobres árvores, e os cidadãos que circulam pelas calçadas locais e que residem nas proximidades agradeciam pela sua existência, e agradeceriam ainda mais pela sua permanência naquele local. Quiçá ficassem eternamente gratos pelo plantio de novas e frondosas árvores para fazer companhia as já existentes, mas nunca com a destruição das poucas que ali haviam.

Curitiba, capital ecológica do Brasil, se empenha a cada dia no plantio de árvores, como forma de controlar a temperatura, as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a estética e a habitabilidade da cidade. A cidade americana de Chicago possui um programa específico voltado à construção dos chamados “telhados ecológicos” que nada mais são do que jardins suspensos plantados nas “lajes” dos edifícios.  Tal medida diminui a temperatura das estruturas de concreto, resultando em significativa economia de energia com refrigeração.

Jaraguá do Sul, por outro lado, promove a remoção das poucas árvores ainda existentes nas áreas urbanas. E não se fale dos motivos “técnicos” relacionados com as “linhas de energia elétrica” já que, Florianópolis, por exemplo, há muito eliminou os antigos postes do calçadão escondendo toda a “fiação” em tubulações subterrâneas eliminando, assim, a poluição visual e melhorando a qualidade de vida de seus cidadãos.

É preciso uma atitude consciente e urgente do poder público no sentido de priorizar, valorizar e incentivar todas as medidas relacionadas à sustentabilidade e onerar e punir àquelas em sentido inverso, seja pela aplicação de multas, seja pelo pagamento de taxas adicionais pelo mal-uso que se faz daquilo que é mais público entre todos os bens, a NATUREZA.

Luís Fernando Almeida
Presidente do PP Jovem de Jaraguá do Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário